Meu péssimo gosto musical é do balacobaco – Brega, velharias e uma parada bizarra

Música quarta-feira, 31 de julho de 2013

Sou fã de Ramones, gosto de country e mais outras coisas das quais muita gente teria vergonha. Mas apesar dessa série do Bacon ser sobre vergonha musical, isso raramente acontece comigo. Não sei, acho que a idéia dos guilty pleasures, aquelas coisas que você curte mas não sai por aí falando, está só na nossa cabeça. Ora porra, você gosta da música. Só o que te impede de ouví-la no carro alto o suficiente pra rachar o asfalto é o medo do que os outros vão pensar. Enfim, das raras vezes em que sinto aquele velho medo do julgamento alheio, é por culpa de músicas bregas. Ou antes, o brega como estilo musical. Vem comigo.

Sinceramente, Altemar Dutra é um clássico. Mas as novas gerações já não suportam tanto… Romantismo. Então esse é o tipo de música que cê curte tomando uma cerveja sozinho (Possivelmente já bêbado), quando descobre que o lado “iluminado” do seu gosto musical já não é o suficiente e é preciso apelar. No máximo, cê pode chamar uns amigos que por acaso compartilhem do seu gosto de tiozão da padaria (Ajuda se você for o tio da padaria). Qualquer local que não envolva um bar e/ou gente bêbada não tem as estruturas morais para tocar Altemar Dutra. Se tentar é vexame na hora. O mesmo vale para a seguinte:

Alguns de vocês do sul ou sudeste podem não conhecer, mas Balthazar é um dos pontos altos do brega em certos cantos do Brasil. E a vergonha musical passa quase que obrigatoriamente por esse estilo musical. Confesso que já tive muito mais vergonha de curtir essa música, mas agora nem tanto. De qualquer jeito tá na lista.

Para meu horror, um dia escutei Reginaldo Rossi e cheguei na conclusão que tem lá seus momentos. A maioria dos meus amigos odeia, e os que não odeiam devem ser mesmo muito amigos pra não falar nada. É outro cara do qual eu aprendi a ter menos vergonha através dos anos.

Claro, além de brega, adoro alguns clássicos eternos dos anos 80. Ritchie é um ótimo exemplo disso, pra mim e pra mais um monte de gente que ouve (OUVE SIM que eu sei porra) e na frente dos colegas finge que não conhece, mesmo tendo um vídeo gravado em betamax do cidadão cantando isso aos seis anos [Nota do editor: Isso deve ser piada interna do Kirk com algum amigo dele].

E o Sidney Magal? Esse é do arco da velha. Sandra Rosa Madalena é aquela música que todo mundo sabe a letra, canta até no banho se duvidar, mas ri quando alguém menciona num papo de bar. Aliás, é alarmante que até o público dos bares, que não costuma se envergonhar com as coisas, costuma ignorar esse cara. Confesso que eu ouço. E sei a letra. ME JULGUEM.

Agora… Se eu tiver que escolhar a coisa mais distante de mim mesmo e mais bizarra que eu ouço, que eu mais tenho vergonha… Eu sei bem que música é essa. É só essa, não conheço a banda nem outras músicas. Mas enfim, não vou tentar dar desculpas. A música é bacaninha, por motivos que minha mente consciente ignora:

É, foda-se. Vida longa e próspera.

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