Os efeitos de computador, que antes serviam só pra acompanhamento, viraram a base do instrumental da música um tempo atrás, e só isso já é um pecado. Mesmo assim, alguns artistas competentes bateram o pé e conseguiram mostrar que ainda dá pra se fazer música de qualidade com pouco ou nada acústico no meio.
Mas aí um dia, algum japonês desocupado e fatigado após seis horas de hentai envolvendo tentáculos resolveu que ia ser legal se, além do instrumental, o vocal também saísse de um computador! Daí foi só catar cantores fracassados aleatórios, gravar uns samples e ta-dá!, surgiram os Vocaloids. continue lendo »
Ai estava eu, de bobeira, quando lembro que não tinha clipe pro CDS dessa semana. O que fiz? Fui procurar, já que sou uma pessoa muito disposta Perguntei no Twitter porque vai que alguém recomenda algo, né? Mas não adiantou muito, a única coisa que sugeriram foi Aberdeen, do Cage The Elephant. A música não é lá essas coisas, mas a arte do clipe é bem feita e reflexiva. Sem contar depressiva. Cortem seus pulsos com o Godzilla emo: continue lendo »
Ah, o que falar do show do Roger Waters? Parece grandioso demais pra colocar em palavras. Mas vamos ver como as coisas chegaram a esse ponto, enquanto eu tento reorganizar tudo na minha cabeça. Uns anos atrás, quando foi anunciado que o Waters começaria uma nova turnê do The Wall, reeditando os lendários shows que o Pink Floyd fazia há 30, 40 anos, eu costumava dizer: Pô, como seria foda se ele viesse pra cá, né?. Mas na época, essa era uma possibilidade tão longínqua que essas reflexões se perdiam em distantes devaneios. Tanto que eu só acreditei que realmente presenciaria tudo isso no fatídico 25 de março de 2012, na fila pra entrar no estádio. E benditos sejam os atrasos na reforma do Beira Rio, que fizeram com que eu e 999 felizardos, que poderiam ter a vista das cadeiras prejudicada pelas estruturas da construção, pudessem ser relocados pra pista prime sem custo adicional. Momentos depois desse milagre, eu dou uns passos pra frente e acho a espantosa quantia de 5 reais caída no chão. Era o universo dando sinais de que seria um dia iluminado.
Não, eu não sei tirar foto. MAS VÉI OLHA ESSA DISTÂNCIA VÉI
Mais de um ano atrás, o Chinaski falou aqui sobre uma certa banda chamada Morphine. Ninguém escreveu sobre, mas há também uma banda de blues rock chamada Treat Her Right, uma HQ, fotos e a Itália. Mas o que liga essas coisas (E algumas outras mais)? A história de uma pessoa: Mark Sandman. Se você o conhece, ou qualquer uma dessas bandas, tens sorte. Se não, devia conhecer. E essa é a sua oportunidade. continue lendo »
Sara Bareilles é uma mulher com uma quantidade respeitável de bolas. Essa música aqui surgiu quando a gravadora passou a encher o saco da cantora pra que ela fizesse mais músicas mela-cueca, pra ver se dava algum lucro. Acabou que o clipe foi hit em um milhão de lugares diferentes, e até hoje é bem famoso, apesar da Sara ter sumido um pouco desde então. A mulher conseguiu provar que sim, dá pra fazer sucesso sem mostrar a bunda ou ter que escrever single pra menininha menstruada! E, de quebra, ainda dá pra ser estranhamente parecida com a Regina Spektor. Não que isso seja um defeito, claro. continue lendo »
A banda canadense de indie rock Arcade Fire entrou de vez na moda dos videoclipes interativos. O clip foi lançado no projeto que chamaram de The Wilderness Downtown, em parceira com o Google, que através de HTML5 (Se não sabe, procura aí no próprio Google o que é) proporciona ao usuário uma “viagem no tempo”, levando-o à rua em que cresceu, ao som da música We Used to Wait, do já citado Arcade Fire. Ao final do clip, você pode escrever uma carta para as gerações futuras que viverão na sua rua de infância. As melhores cartas serão selecionadas e entregues futuramente, junto com uma semente de árvore. continue lendo »
E finalmente, o último capítulo texto da série sobre cuidados básicos com instrumentos musicais. Espero realmente estar ajudando a povoar o mundo com mais exemplares de Justin Biebers. continue lendo »
Então, há uns tempos atrás eu acabei indo num show do Seu Jorge, só porque era de graça ele tinha atuado nuns filmes bacanas. Experiencia irrelevante, a principio. Mas dias depois, eu me peguei refletindo sobre a apresentação (Não ter o que fazer é isso aí) e notei que ele conseguiu fazer praticamente tudo o que não se deve fazer em um bom show. Percebendo isso, é minha obrigação como cidadão listar aqui todos esses erros que você, futuro astro do rock, não deve cometer ao se apresentar ao vivo. Utilizando a performance do Seu Jorge como exemplo prático. Tipo o que o Maquiavel fez com a política italiana do século XVI n’O Príncipe, só pra citar um exemplo a altura.
É simples e incrível ao mesmo tempo: Eric Clapton, um dos grandes guitarristas do mundo, tocando uma música de Robert Johnson, artista do blues que dispensa comentários sobre sua qualidade e lenda. E é isso: continue lendo »
Todo mundo gosta de violão e guitarra, mas e a galerinha alternativa fã de música clássica? Fica chupando o dedo? Lógico que não! A segunda parte do guia vai tratar iscrusivamente dos instrumentos de uma orquestra, pra vocês burgueses filhinhos de papai que têm tempo e dinheiro pra esse tipo de música. Afinal, as melhores escolas de violino exigem trocas mensais de cordas que custam 400 reais. continue lendo »