De vez em quando é legal assistir um negócio que você não precisa entender. Um desses casos, pra mim, é There Was a Time, que é basicamente o que eu esperaria de uma filial de Hermes e Renato japonesa. Mas o que dá pra esperar de um cara que grava música de uma banda sozinho, não é mesmo? Dá pra ver pela cara que Cameron Lew tá ali naquela linha que divide gênio e doido. Qual ele é depende muito de pra quem você pergunta. Mas posso dizer que Ginger Root já me ganhou como banda de um homem só. continue lendo »
Eu não sei o que é mais esquisito, essa galera do Gypsy Pistoleros, que é inglesa, usando sem vergonha nenhuma material latino [Afinal, esse visual é claramente mexicano], ou o clipe de Lost In A Town Called Nowhere, que até agora eu não entendi do que se trata, e talvez eu nem queira. Mas se você parar pra pensar bem, o normal é inglês roubar cultura alheia, é só ver que se tornou meme. continue lendo »
Party Favor é o nome de DJ que Dylan Ragland usa. Já Emir Kobilic é conhecido como Salvatore Ganacci. Tudo isso pra dizer que esses nomes horrorosos ainda são melhores que Edward Albert Lancelot Dodd Canterbury Caterham Wickfield. Já o clipe de Wasabi é basicamente uma apresentação daquelas fitas de exercício dos anos 1980, mas com o ridículo indo além. E olha que não é fácil. continue lendo »
Acho que, nessa altura do campeonato, já deu pra perceber que eu gosto bastante de stop motion, e é por isso que o clipe dessa semana é The Devil Went Down to the Holy Land, da banda israelense Betzefer [Procurei, e não achei nada problemático]. Eu inclusive acho que o clipe é uma crítica social foda™, mas não posso provar, então não vou dar minha interpretação, fique aí com a sua. continue lendo »
No folclore japonês, Momotaro é um garoto que nasceu de um pêssego gigante, que havia sido achado por senhora idosa e sem filhos, enquanto lavava roupa num rio. Momotaro então explicou pra eles que havia sido enviado pelos deuses pra ser o filho da senhora e do seu marido. Com cinco anos de idade, cortou uma árvore com apenas uma faca, e na adolescência invadiu um forte cheio de demônios na companhia de um cachorro, um macaco e um faisão. E no clipe das moças do Suiyobi no Kampanera, dá pra ver toda uma versão modernizada desses elementos, e outros que eu provavelmente não prestei atenção. Mas vou te falar que, mesmo a animação estando ok, o estilo do desenho não me agrada. continue lendo »
Nem sempre os clipes escolhidos aqui são grandes obras de engenharia da humanidade. Um desses casos é Back on 74, que é basicamente um salão de festa ou algo do tipo, e a galera está dançando, numa filmagem sem cortes. Eu sempre penso em quantos takes foram necessários pra fazer a parada. E a música do Jungle também é levemente chiclete, o que talvez explique o fato dela ter se tornado viral no TikTok logo depois de ter sido lançada. continue lendo »
A primeira coisa que eu pensei quando vi o clipe de Ketamine foi: “Caralho, é o cara do Dexter!” Deve ser muito foda ser rico e poder fazer as coisas que dá na telha assim, tipo a banda Princess Goes, que é um supergrupo formado por Michael C. Hall, que além de Dexter fez Six Feet Under, por Matt Katz-Bohen, conhecido por fazer parte do Blondie, e por Peter Yanowitz, membro do The Wallflowers e do Morningwood. Mas enfim, é um clipe que conta toda uma história, que eu não sei se pra você é triste, mas pra mim combina perfeitamente com a música. continue lendo »
E é em clima de carnaval que o clipe da semana não vai ter nada a ver com carnaval. Ou será que tem? Nellie the Elephant é uma música infantil, lançada em 1956, com Mandy Miller cantando acompanhada de uma orquestra. Aí você vê os caras do Toy Dolls cantando essa música, fazendo coreografia e o escambau, e diz se dá pra levar esse negócio de música a sério. Não dá. continue lendo »
Carnaval está chegando, e com ele nós temos também a famosa hipocrisia cristã. E ninguém melhor que a dupla Garfunkel and Oates pra apontar isso. Formada pelas comediantes Riki Lindhome e Kate Micucci, a dupla não se chama Garfunkel e Oates de verdade. Mas o que interessa aqui é o clipe [E a letra] de The Loophole: Basicamente, que o deus cristão não tem problema com sexo anal, desde que seja heterossexual. Tem mais uns detalhes, sobre ignorar partes da Bíblia que não são do interesse do leitor, e outras coisas mais, então se você não entende inglês, procure uma tradução e regozije-se [Ou fique horrorizado, eu não sou a polícia] com esse conteúdo altamente instrutivo. continue lendo »
Se você conhece Ministry, sabe que é uma banda de metal industrial com letras críticas e uso pesado de samples. O que você provavelmente não sabe é que no começo a banda tocava um synth-pop safado. Felizmente esse negócio não foi pra frente, e os caras mudaram o estilo. Mas no caso do clipe de Reload, a letra quase não existe, só uma espécie de releitura do assassinato do Kennedy, que no final é uma salada de referências. Pelo menos não é só a banda tocando. continue lendo »