Harvard-Radcliffe Veritones

Música sexta-feira, 02 de abril de 2010

O théo disse, séculos atrás, que música não é poesia. A letra, aliás, é totalmente dispensável. Ele não poderia estar mais certo sobre isso. E sim, falo isso por partilhar da mesma opinião, fodam-se vocês que não percebem isso, ou que acham que uma música dos Beatles faz sentido. Uma música do Pink Floyd não faz sentido. Acordem pra cuspir, putos.

 Yoda diz: SENTIDO essa imagem não faz. L0K0

Uma coisa bonita em basicamente todos os álbuns do Pink Floyd é a melodia. Não precisa ter ninguém cantando pra curtir a música: você curte por uns três minutos e depois avança – MUITO – porque qualquer música com mais dos aceitáveis cinco minutos é chata pra caralho. Falaremos mais sobre isso em um futuro texto, aliás. E não sei por que eu fico dando spoiler, isto aqui não é CSI.

Mesmo achando um porre, eu acompanho o trabalho da banda. Roger Waters saiu: Qual o motivo pra odiar Pink Floyd, deixando de lado a duração das músicas? As letras, claro. Por isso que eu achei um trabalho interessante da Orquestra Filarmônica Real (The Royal Philharmonic Orchestra), que é, basicamente, considerada a orquestra nacional britânica, fundada em 1946 – ou seja, ela tem história.

A OFR lançou um álbum com músicas do Pink Floyd, só que instrumentais. Certo, não todas, já que eu me lembro que When The Tigers Broke Free e Goodbye Blue Sky têm um vocal, mas o resto é só instrumental mesmo. É uma coisa linda ouvir Run Like Hell desse jeito (Não que a versão normal seja ruim, mas essa tem algo a mais. Ou a menos, nesse caso, e fica melhor AINDA). O que, nunca ouviu? Porra.

Sendo apenas um dos álbuns lançados pela OFR, como homenagem a certas bandas com músicas instrumentais, The Royal Philharmonic Orchestra Plays Hits Of Pink Floyd tem as seguintes faixas:

1. Run Like Hell
2. Another Brick In The Wall
3. Goodbye Blue Sky
4. Money
5. Hey You
6. Wish You Were Here
7. On The Turning Away
8. Shine On You Crazy Diamond
9. When The Tigers Broke Free

Eles tiraram a letra pra dar ênfase à melodia. E se você fizer ao contrário? Aí você faz uma coisa parecida com The Harvard-Radcliffe Veritones: eles não usam nenhum instrumento, eles cantam (Inclusive, um integrante assume o papel de maestro em todas as músicas, é só reparar na primeira pessoa à esquerda). Tudo bem que tem alguém que sempre fica na frente cantando a letra ao invés da melodia apenas, mas, mesmo assim, todos eles cantam bem, não é uma coisa que chega a incomodar: muito pelo contrário, é BOM.

O instituto Radcliffe é uma espécie de anexo da universidade de Harvard e é designado para estudos avançados (Quem é bom na faculdade de Harvard vai pra esse instituto melhorar ou tirar uma pós-graduação). Veritones, no caso, é o nome de um grupo de alunos de lá – não necessariamente estudantes de música – que cantam bem e se apresentam na própria universidade e outros lugares.

Pelo que eu vi no canal do Youtube deles, existem cerca de 100 vídeos e uma quantidade pouco menor de músicas interpretadas pelo grupo. Nenhuma dela dos Beatles, que eu tenha visto de primeira. Mesmo se tiver, também, eles ainda vão ter a moral de cantar de forma que até o théo goste.

Em resumo geral, existem músicas da Regina Spektor, Blink 182, Queen, Death Cab For Cutie, Coldplay, dentre outros. Poderia ter até MC Créu que eu iria escutar. E sim, todas valem a pena. Você não precisa ter letra pra fazer música boa. Você não precisa de instrumentos pra fazer música boa. Resumindo: você não precisa de nada, pare de ouvir as merdas que você ouve e me liberte da maldição de ter que escrever aqui. E morra, se não for pedir demais.

Nota do autor: Eu demorei aproximadamente UMA HORA pra escrever só isso. Motivo? Fiquei alternando entre os vídeos dos caras e o texto. Já assisti uns quarenta, pra você ter noção, é viciante. Estou até trocando meu Winamp pelo Youtube. Ah, e o meu Twitter tá aqui, use pra me mandar feedback (Além da caixa de comentários) ou telefone, caso você seja gostosa.

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