Fast-food Reviews 013: Nintendo DS

Games sábado, 20 de outubro de 2007

Não sabe como funcionam essas reviews? Veja a introdução aqui.

The Legend of Zelda: Phantom Hourglass

Valeu a espera.

Porra, como eu vou falar desse jogo em só dois ou três parágrafos?

Bom, pra começar, todo o hype feito em torno do jogo tem razão de ser; é realmente um dos jogos mais legais do DS. Tudo nele é bem-feito e transpira Nintendo e Zelda em todos os cantos do jogo, com o padrão de qualidade que a gente espera da série.

Claro que algumas concessões precisaram ser feitas na transição para o DS. Zelda sempre me pareceu um franquia meio infantil, e aqui isso foi levado ao extremo. Temos um Link que realmente é um bonequinho de pelúcia; mais delicado e gúti-gúti do que nunca. Mas como a estética toda do jogo mudou por causa disso, você se acostuma rápido. Felizmente o jogo é infantil, mas não é burro. Ele é suficientemente complexo e desafiador para justificar que você marmanjo possa jogá-lo.

Não vou entrar em detalhes sobre gráficos, música e jogabilidade. Eles não poderiam ser melhores, e isso é tudo que você precisa saber. Além de ter feito essas três coisas essenciais de maneira muito competente, a Nintendo investiu muito para que o jogo fosse extremamente divertido, o que sem dúvida foi alcançado. A todo momento aparece alguma coisa nova pra fazer, algum recurso diferente pra utilizar, um mapa interativo, um puzzle interessante, um pedaço de história que faltava. Tudo aproveitando muito bem os recursos do DS, e mostrando como a tela de toque pode ser incorporada em um jogo de RPG. Espero que seja copiado por outros RPGs, inclusive.

Um dos jogos mais fluidos que já vi no DS, daqueles que fica difícil pra você decidir um bom momento pra salvar e desligar o portátil. Ah, se todo jogo fosse assim.

Julgamento final: É um daqueles jogos que define o console; não tenha dúvidas em pegar Phantom Hourglass.

Mahjong

Crássico.

Como bom viciado em puzzles, eu não poderia deixar passar esse lançamento.

É exatamente o mesmo Mahjong que você conhece do Windows. Aliás, não sei porque esse joguinho foi retirado no Windows XP. Se você não conhece, é um jogo onde você tem uma pilha de blocos com figuras, e tem que ir tirando eles do jogo combinando as figuras de duas em duas. É muito simples, mas extremamente viciante. A estratégia está em retirar os blocos sem trancar o jogo, deixando sempre opções de retiradas e pares combinantes. É uma mistura esdrúxula de pega-varetas com jogo da memória, se é que Mahjong pode ser definido de alguma forma.

Apesar da tela pequena do DS, Mahjong funciona muito bem no portátil. As figuras estão bem visíveis e diferentes umas das outras, algo que é importantíssimo em Mahjong. Foi implementado um modo Campaign, com uma história meio chata, mas que dá pra pular. O mais importante é que as mesas que vão aparecendo vão ficando mais complexas, com pilhas maiores de blocos e formando figuras cada vez mais complexas. Um jogo simples, mas que combina com o NDS, onde outros jogos do mesmo estilo já fizeram sucesso antes como Scrabble, Sudoku, Clubhouse Games, etc.

Julgamento final: Quem gosta de Mahjong vai se divertir pra cacete. Se você não conhece Mahjong, mas gosta do estilo puzzle (essa coisa meio Paciência), experimente que provavelmente vai gostar.

The Legend of Spyro: The Eternal Night

Ei, eu lembro de você no Playstation. Lá você era um jogo legal.

Outra franquia da Sony que acabou no DS, como eu já tinha falado de Crash Bandicoot aqui.

Infelizmente Spyro não deu tão certo como Crash no DS. Os cenários de Spyro sempre foram enormes, todos em 3D e detalhados demais para serem transferidos com excelência para o portátil. Os cenários dão a impressão de meio “vazios”, como se faltassem detalhes ou elementos de jogo. Isso tira um pouco da diversão de Spyro, que sempre foi um jogo muito colorido e bonito.

Neste terceiro Spyro do DS, a jogabilidade foi modificada um pouco também, para utilizar os recursos do DS, mas alguns puzzles e ações ficam dificultadas por causa disso, e não são suaves como seria de se esperar em um jogo de ação. Elas também atrapalham um pouco a fluidez do jogo. Eu lembro que uma das coisas mais legais de Spyro era ficar planando de um lado pra outro do cenário, aproveitando da liberdade que os enormes cenários 3D ofereciam. Agora você é obrigado a parar e seguir mais devagar, por causa dos inimigos e de portas fechadas, que requerem itens ou solução de quebra-çabeças.

Julgamento final: É um jogo interessante, de um gênero que não aparece muito no DS. Mas não espere a mesma coisa dos jogos Spyro vistos nos consoles da Sony.

Antes de comentar, tenha em mente que...

...os comentários são de responsabilidade de seus autores, e o Bacon Frito não se responsabiliza por nenhum deles. Se fode ae.

confira

quem?

baconfrito