Born Again – Black Sabbath: Além de Ozzy e Dio II

Música terça-feira, 28 de agosto de 2007

Se cê é daquele povo obcecado por números e prefere ler o primeiro tópico disso que eu informalmente chamo agora de série, tá aqui. Se não, é só continuar lendo.

Ian Gillan (aquele do Deep Purple, mesmo) entrou no Black Sabbath em 1983, no lugar de Ronnie James Dio. Sua contribuição para a banda foi o álbum Born Again. Ílbum esse, aliás, que, apesar de ter sido bastante criticado, aparentemente fez sucesso, já que vendeu pra cacete na época.

Primeiro é bom frisar que o Gillan nunca teve planos muito megalomaníacos com o Sabbath. O cara tava bebendo com o Ioomi e o Butler e encheu o cu de cana. No outro dia ele descobriu que tinha aceitado fazer parte da banda. Não que ele tenha reclamado, claro. No fim das contas, o Born Again foi um bom disco, com seus altos e baixos. Tá longe de ser a grande pérola do Black Sabbath, mas ficou bom, sim. E, como antes, lá vamos nós para a análise de música por música do álbum.

Trashed! É como um grito que o álbum começa! A música é empolgante, com uma bateria do caralho, bem agitada. Riff legalzinho, enfim, por aí vai. O interessante sobre essa maravilha de som é como a idéia surgiu. Lá estava Ian Gillan dirigindo, completamente bêbado, o carro de Bill Ward, quando capota dum jeito MEDONHÃO, e… pois é, dá até pra imaginar os caras conversando. “I’m trashed, man!”. “ORRÔ!”

Depois da empolgação inicial, temos Stonehenge. O nome é bem… adequado pra música. Ela te passa uma sensação de… hã… pedra. Quer dizer, imagine qual seria o som de fundo pra um take no próprio Stonehenge. Só o Stonehenge, aliás. Sem atores, sem animais, sem nada. É isso aí. No fim das contas, ela dá uma tranqüilidade legal. Deixa o clima perfeito pra próxima música lenta…

…e aí entra Disturbing the Priest, rasgando toda a calma que a música anterior te trouxe. Um choque inesperado. Agora, essa, na minha opinião é a melhor música do disco. O riff inicial é MUITO do caráio. Ainda mais com as risadas do Gillan junto. A música vira praticamente Deep Purple puro, no meio, mas o riff do começo não te deixa dizer que isso não é Black Sabbath autentico.

Após o fim da música, começa The Dark, que, no começo, parecem os sons do estômago de um alienígena, ou qualquer coisa assim. O barulho vai ficando mais medonho, e, aos poucos, vai se fundindo com um riff, e mostra que era somente uma introdução para Zero the Hero. Essa sim se mostra do caralho desde o começo. Um dos riffs mais empolgantes do Sabbath, talvez. O vocal é que não parece lá tanto com a banda, mas ficou legal.

Mais um riff muito empolgante, e começa Digital Bitch. Outra música do caralho, animada como Trashed. Dizem que a música foi inspirada em Sharon Osbourne, mas sabe-se lá se foi mesmo ou se é só boato.

Prosseguindo, temos Born Again. A música título do álbum é o mais perto que se chega de uma baladinha no álbum. O som é lento e lembra bastante o Deep Purple. Faltou só o teclado, claro. Uma maravilha de música. Enfim, se você gosta de Child in Time, do Purple, é provável que você goste de Born Again, também.

Hot Line é mais uma que começa com um riff empolgante. Aliás, de riff legal o álbum todo tá cheio. Essa aqui parece mais hard rock. Mais que as outras. Com direito a gritinho ao estilo Judas Priest no começo e tudo mais.

Finalizando o disco, temos Keep it Warm. A música tem um clima de música final, mesmo. Como se a dinâmica do som diminuísse. Aliás, clima de música de final de show de hard rock. Com aqueles solos que dão o “gás final” do trabalho e tudo mais. Boa música. ótimo disco. Eu recomendaria ele, especialmente pra quem quer conhecer mais sobre o Sabbath, mesmo porque provavelmente já indicaram boa parte ou todos os cds com o Ozzy e com o Dio.

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