Gravidade (Gravity)

Cinema quinta-feira, 10 de outubro de 2013

 Matt Kowalski é um astronauta experiente que está em missão de conserto ao telescópio Hubble juntamente com a doutora Ryan Stone. Ambos são surpreendidos por uma chuva de destroços decorrente da destruição de um satélite por um míssil russo, que faz com que sejam jogados no espaço sideral. Sem qualquer apoio da base terrestre da NASA, eles precisam encontrar um meio de sobreviver em meio a um ambiente completamente inóspito para a vida humana.

Apesar de não ser citada diretamente em nenhum momento, Gravidade faz todo o sentido como título do filme. Afinal, uma situação corriqueira aqui embaixo, na Terra, se torna um desastre de proporções catastróficas onde ninguém pode ouvir você gritar [A menos que você esteja usando um microfone]. Muito menos ir te salvar, depois que você estiver completamente perdido, o que é realmente fácil. É pior que encontrar constelação, cara. E olha que as constelações não se mexem muito, no nosso ponto de vista.

E não, Cavaleiros do Zodíaco não conta.

O filme basicamente trata da saga de Ryan Stone e Matt Kowalski, que estavam lá em cima, instalando umas parada no Hubble quando… BAM! Merda acontece. Sério, não importa o tipo de merda que acontece [Apesar de estar ali em cima que foi um míssel que atingiu um satélite russo], mesmo porque é totalmente fora de realidade. Mas quem liga pra essas coisas como a distância entre o Hubble e a Estação Espacial Internacional? Ninguém. O que importa é que funciona pro filme. E o visual é bacana.

 “SPAAAAAAAAAAAAACE!”

Mas tirando essa parte chata/científica [De uma ficção científica dramática, ok], o filme é muito do bão, e não é por ser um suspense. Porque não o é. Caralho, dá pra saber exatamente o final: Que eu não vou contar pra vocês não ficarem reclamando de spoiler. Mas não precisa ser muito esperto. O ponto é que é um filme angustiante, claustrofóbico, que te faz sentir as coisas que os protagonistas sentem. Ou foi por eu assistir uma sala 4D, em que a poltrona mexia, soltava jato de ar e fumaça [Aliás, no fim do filme soltaram fumaça demais e ficou meio nebuloso sair da sala, viu].

 Sandra Bullock tá de parabéns, inclusive. Não só pela atuação.

Parte dessa imersão foi por conta dos atores, obviamente. O George Clooney tava normal, até. Ele é um bom ator, mas nesse caso não fez nada fora do comum. Já a Sandra Bullock, ao contrário da maioria dos filmes que eu me lembro, teve uma atuação memorável. Ela inclusive diz que não usou maquiagem no filme, pra ficar mais realista. Bom, isso eu não sei, o que eu sei é que o trabalho dela de vocalização e movimentação foi genial. E olha que realmente aparenta que ela tá em gravidade zero, nas cenas sem traje espacial [Não, o Clooney não tem cenas assim, moças, se ferraram]. Mas nada foi filmado no espaço de verdade, nem naqueles aviões que fazem simulações de gravidade zero com quedas livres de 30 segundos. A Sandrinha tem medo de avião.

 “Cê não é a fodona? Troca o pneu ae.”

Ou seja: Se você quer realmente sentir alguma coisa, nem que seja apego a própria vida por não estar a deriva no espaço, dentro de uma roupa com pouco oxigênio e muito medo de morrer, parabéns. Esse é o filme pra você. Se você for nerdão o suficiente pra reclamar mais das inexatidões científicas do que aproveitar o filme, também é uma ótima pedida. Nesse caso, do que você devia fazer: Ir pro espaço.

Gravidade

Gravity (90 minutos – Drama)
Lançamento: EUA, Reino Unido, 2013
Direção: Alfonso Cuarón
Roteiro: Alfonso Cuarón e Jonás Cuarón
Elenco: Sandra Bullock, George Clooney, Eric Michels e Basher Savage

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