Metro 2033 (PC, Xbox 360)

Games quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Tem uns dias que falamos aqui que Metro 2033 tava de graça, e bem, é claro que a gente não vai dar uma notícia assim sem aproveitar também. E porra, foi foda véi.

Já tinha ouvido falar de Metro 2033, anos atrás, provavelmente na época do lançamento, mas apesar de ter uma ideia interessante (Gente sobrevivendo nos metrôs de Moscou após uma guerra nuclear), na época não me chamou muita atenção. Coisas rolaram, outras coisas deixaram de rolar e finalmente chegamos até 2012, e eis que pula a notícia de que tavam dando um jogo de graça. Aproveitem pois vai ser muito difícil alguém falar algo assim aqui no Bacon: Obrigado ao Pizurk, que mostrou a notícia pra nóis e me fez fazer a porra do post, já de madrugada.

 É, eu sei.

Então, no jogo você é Artyom, um dos sobreviventes, que mora numa das estações menores e mais afastadas no metrô… Sabe como é, aquela velha história de camponês que tem que ir pra cidade grande. Estaria tudo bem, se os ataques dos mutantes não estivesse aumentando, botando a segurança de todo mundo na merda. Eis que um dia, uma merda ligeiramente maior acontece e um Ranger (Um grupo de elite, que luta contra os mutantes) morre e deixa uma missão para Artyom: Levar o recado até a principal “cidade” do metrô, pedindo ajuda para a sua estação.

E é isso. Fácil? Claro, afinal, de uma estação à outra do metrô leva o quê? 15 minutos?

E seria isso mesmo, mas claro, se até as estações menores tão se fodendo, as maiores tão se afundando (Hã? Hã? Pegaram?). Pois bem, o metrô está na merda, afinal, aquilo foi construído antes da Segunda Guerra, e mesmo com as modernidades (Caso não esteja claro, a história se passa em 2033), muita coisa já se deteriorou. Junte isso com o fato que os soviéticos comunistas e os nazistas estão se preparando para tomar conta da porra toda, há bandidos espalhados pelo metrô, os próprios mutantes, além de anomalias e fantastasmas. E a radiação, afinal, foi uma guerra nuclear.

Metro 2033 não tem gráficos incríveis. Tá certo que meu computador não é tão bom assim, mas mesmo rodando o jogo no máximo, não é nada impressionante comparando com outros jogos de 2010. Em termos de mecânica e jogabilidade, não há nada muito diferente do comum: Você tem vários tipos de armas, alguns explosivos, tem um botão para fazer ações… Enfim, a única coisa ligeiramente diferente é o relógio de Artyom, que te mostra quanto tempo você tem restante no filtro da máscara de gás (É… Pois é…), bem como o quão iluminado você está. Pessoalmente, as partes stealth são as mais legais do jogo. Só achei falta da faca ser mais letal. Quero dizer, você tem a sua faca e tem facas de arremesso. Você mata os maiores mutantes com facas de arremesso, mas mesmo que chegue pelas costas de um humano e dê um golpe certeiro, na cabeça, com a faca, ele não morre. É sério, o golpe “principal” é uma facada normal, mas o secundário, ao invés de você enterrar a faca no inimigo, você dá um soco com o cabo da mesma. Porra véi, assim não dá.

Mas a real é que a jogabilidade faz o trabalho que deveria fazer: É competente, funciona bem, mas fica fora do caminho, dando espaço pra história. Caras, cês tão no metrô faz 20 anos (Sim, a guerra nuclear foi em 2013), tem mais mutantes que humanos, e mesmo boa parte dos humanos tenta (E vai) te matar se tiver a chance. A economia tá na merda, a condição de vida também… Para vocês terem uma ideia, a moeda do jogo são balas. Sim, as de arma, sendo que você pode usá-las para comprar coisas (Incluindo munição, mas a que é feita no metrô, que não chega aos pés dela), ou pode usá-las como munição. Um mecanismo infinitamente cruel, tanto para os personagens quanto os jogadores, mas incrivelmente efetivo.

 E sua máscara de gás pode quebrar também.

Não é um jogo longo, levei uns dias para terminá-lo, e nem difícil (Ao menos fora do modo Ranger, na qual a coisa fica séria), apesar de ligeiramente irritante em algumas partes, mas definitivamente é bem balanceado. A história é foda, e só fui descobrir que o troço é baseado em um livro (Sim, um livro russo, de 2005) para fazer esta resenha, e este já tem continuação (Metro 2034), sendo que a continuação do jogo, Metro: Last Night, deve sair este ano. E tem gente estudando transformar a coisa em filme.

E guardei para o fim a melhor coisa sobre este jogo: A sensação que ele passa. Caras, eu sou uma garotinha em relação à filmes de terror, monstros e essa porra toda, também sou um covarde no que tange à exames de sangue e coisas relacionadas, mas Metro vai além. Várias vezes me peguei parado, no mesmo canto da tela, olhando para todos os lados, recarregando a lanterna o tempo todo, e pensando o que caralhos estaria fazendo aquela porra daquele barulho. Dei tiro no escuro um monte de vezes, só por garantia. Odiava (E odeio) cada parte do jogo que me obrigava à ir para a superfície, para Moscou, lar de tudo que é mutante, além de gente disposta a te matar só por você estar alí em cima.

Durante o jogo, fiquei puto comigo mesmo por não gastar mais em filtros para a máscara, já que fiquei quase sem nenhum enquanto estava na superfície. Cheguei no final do jogo com a minha principal arma sem munição, com pouco mais de um pente na metralhadora, num espaço aberto, onde podia ser facilmente acertado por alguns mutantes. Eu estava completamente fodido, do mesmo jeito que o Artyom estaria depois de passar por tudo que passou. Naquele momento, perto do fim do jogo, eu também era um dos sobreviventes, e se desse mais uma merda, uma merdinha que fosse, tudo teria sido em vão. Houve um momento em que você podia escolher qualquer arma que tivesse alí, e enquanto eu pegava mais munição, fiquei pensando

Porra, eu estou pegando tudo que é munição, e o resto da galera que tá aqui comigo?!

Metro 2033 foi uma supresa foda. Eu definitivamente não esperava um jogo assim, esparava só mais um FPS, com uns monstros e tal, mas nada que me fizesse me importar com os personagens, com o rumo que aquilo tudo podia ter (Sim, há mais de um final, dependendo das suas escolhas). Este definitivamente é um jogo incrível, que eu provavelmente nunca teria jogado se não estivesse de graça, mas que com certeza vale seu preço. Se você não aproveitou a promoção, compre, garanto que não haverá arrependimento.

Metro 2033


Plataformas: PC, Xbox 360
Plataforma Avaliada: PC
Lançamento: 2010
Distribuído por: THQ
Desenvolvido por: 4A Games
Gênero: FPS

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