Django Livre (Django Unchained)

Cinema quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

 Ambientado no sul dos Estados Unidos dois anos antes do advento da Guerra Civil, Django Livre é estrelado por Jamie Foxx no papel de Django, um escravo cujo passado brutal com seus antigos senhores o deixa cara a cara com um caçador de recompensas alemão, o dr. King Schultz (Christoph Waltz). Schultz está no encalço de assassinos, os irmãos Brittle, e Django é o único que poderá levá-lo até eles. O heterodoxo Schultz compra Django com a promessa de alforriá-lo após a captura dos Brittle – mortos ou vivos. Com o sucesso da missão, Schultz liberta Django, mas ambos optam por não se separar e seguir pelo mesmo caminho. Com Django ao seu lado, Schultz sai em busca dos criminosos mais procurados do sul. Enquanto vai aperfeiçoando suas habilidades como caçador, Django permanece focado no seu único objetivo: Encontrar e resgatar Broomhilda (Kerry Washington), a esposa que ele perdera para o tráfico de escravos anos atrás. A busca de Django e Schultz acaba por levá-los a Calvin Candie (Leonardo DiCaprio), o proprietário de “Candyland”, uma abominável propriedade agrícola.

Todo mundo falando bem do novo filme do Tarantela Tarantino, eu compactei minhas expectativas, botei no bolso e joguei fora quando tava entrando no cinema. Afinal, se eu aprendi uma coisa na vida, foi que expectativa é a pior merda que existe. E eu fiz bem, porque o filme é foda, mesmo com algumas falhas [Ou talvez seja intencional, vai saber]. Mas se você tá achando que é um primor de atuação, com lordes e damas, cê tá no filme errado. Espera um pouco que Os Miseráveis tá pra estrear. O bagulho é pra ser divertido mesmo, qualquer prêmio que decorra disso é mera coincidência.

 “ELE NÃO TÁ LAMBENDO AS BOLAS DO TARANTINO, QUEIMEM O HEREGE!”

É isso mesmo. O Tarantino pode ter um conhecimento de filmes do caralho, escolher trilha sonora pros filmes como ninguém, mas convenhamos. Os filmes dele são bem repetitivos. Claro, ele disfarça isso muito bem, com camadas e camadas de referências à cultura pop, contemporizaçãos históricas diversas e músicas escolhidas a dedo. Mas todos os filmes recentes dele tratam de vingança, de uma forma ou de outra. Tomemos o exemplo de Django Livre: Escravo liberto se vinga dos antigos feitores, liberta a mulher do cara que a comprou e se vinga da galera que fodeu a porra toda [Não vou mandar um spoiler tão na cara de vocês assim, hoje]. Já Bastardos Inglórios: O coronel Hans Landa passa fogo na família de Shosanna, que taca fogo num teatro pra se vingar, e um bando de judeus americanos vai pra guerra se vingar dos nazistas. E Kill Bill: Eu realmente preciso falar alguma coisa? Mas tenho que dar o braço a torcer, o boneco de Olinda consegue fazer o meio de campo dessas vinganças todas de forma interessante: Com muita violência gratuita e diversão para toda a família [Se você tem uma família de psicopatas].

 “Manhê! Olha ele!”

Eu ia falar que ele também conseguiu tirar umas atuações do caralho do Jamie Foxx, do Christoph Walt e do Leonardo DiCaprio. Má porra, depois do tanto de prêmio que esses FDPs já receberam, elogiar a atuação deles é chover no molhado. E mesmo que o Taranta não tenha formação oficial, ou seja lá como cês querem chamar, ele sabe muito bem emular um diretor. Já o Samuel L. Jackson fez o mesmo papel de todo filme: Um nego putaço que xinga deus e o mundo. Não que isso não seja divertido.

Falando no cover do Samuel Rosa, o cara manja de fotografia e edição, hein? Puta que pariu. Os cenários tão foda, o filme não cansa, mesmo tendo duas horas e meia, e os figurinos FODA-SE NINGUÉM LIGA PRA FIGURINO! Ah, tem também a tal da Kerry Washington, que nem é tão bonita, e nem aparece tanto, então nem dá pra falar nada. Tái. Outra falha do filme é que faltam peitos.

 “Como assim, não tem peitos?”

Mesmo com a falta de peitos, é um filme muito bom. Ouso até dizer que os peitos não eram necessários [Agora sim vão me jogar numa fogueira]. Não é exatamente um faroeste crássico. Mesmo porque, os faroestes crássicos eram uma bosta. Sério, vejo tiozão reclamando dos filmes de ação modernos, mas o que mais tinha naqueles western era roubalheira deslavada. Já Django, mesmo com o sangue voando mais do que em Cavaleiros do Zodíaco, acaba sendo mais realista. Até contido, pro estilo que o Tarantino tá acostumado.

Django Livre

Django Unchained (165 minutos – Ação)
Lançamento: EUA, 2012
Direção: Quentin Tarantino
Roteiro: Quentin Tarantino
Elenco: Jamie Foxx, Leonardo DiCaprio, Christoph Walt, Samuel L. Jackson, Kerry Washington, Franco Nero

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