Street Fighter IV (X360, PS3)

Games domingo, 22 de fevereiro de 2009

Sabem aquele lance dos games chamado hype? Quando os desenvolvedores e distribuidores do jogo fazem tanta onda antes do lançamento, e criam tanta expectativa que quando você pega o jogo pra jogar mesmo ele é uma bosta fumegante?

Então, nesse caso o hype não era só hype:

Você sabe que um jogo é bom quando eles botam menininhas de saiote na propaganda (heh) mas acho que eu ainda preferia ver uma cosplayer de Chun-li no lugar da Sakura.

Street Fighter IV (X360)

Em primeiro lugar, TODOS vocês precisam ver esse jogo em movimento, pra entender o que eu vou falar daqui por diante. Mesmo que você não entenda inglês, dá uma olhada nessa review do GameTrailers:

O que eu tenho pra falar? Street Fighter IV é “Street Fighter” até o osso. Lembram de Street Fighter III e Street Fighter Alpha? Lembram que eram jogos legais e tals, mas que você não SENTIA a vibe Street Fighter neles? Então, tá tudo no IV. Quando eu penso em uma palavra pra definir esse jogo, só uma me vem à mente: PORRADA.

PORRADA

É simplesmente um dos jogos de luta mais orgânicos e doloridos que eu já vi. Não porque seja sangrento ou algo assim, mas porque você sente cada porrada que está acontecendo na tela. Todos os personagens são enormes e construídos como um saco de músculos; até a Chun-li ficou parecendo um travesti, de tão grande e musculosa.

Ok, ninguém queria pensar na Chun-li como travesti. Foi mal. Mas o que eu queria dizer com isso é que o jogo transpira violência e dor. Cada golpe tem peso, e produz sons maravilhosos de punhos se chocando contra osso e pele. Quando você se vê levando uma sequência de tigers uppercuts do Sagat, você realmente se encolhe na poltrona, enquanto toma a sequência indefensável de golpes.

E que alegria genuína se tornou jogar com Sagat. Ele parece ter sofrido alguns ajustes pra ficar mais lento, porém mais forte. Você se movimenta com ele pela tela e fica incomodado pela lentidão, mas ao mesmo tempo você sabe que cada golpe dele que acertar o oponente vai ser dolorido. É como andar com um tanque em direção ao inimigo. É impressionante a sensação de poder que os personagens passam em Street Fighter IV.

Crimson Viper dando uma de Blanka

E não só o Sagat, mas todos os personagens conhecidos sofreram ajustes. Acho que a Chun-li nunca passou uma sensação tão grande de leveza e agilidade. Nunca foi tão divertido soltar um kikouken e correr atrás da magia pra encher o oponente de PORRADA. Esses ajustes são perceptíveis pelo veterano de SF, mas em geral não ficaram prejudiciais ao jogo. Dá pra perceber que os ajustes foram feitos para aumentar o equilíbrio e acolher melhor os personagens novos. Além de dar uma chance para os noobs aprenderem a jogar.

Confesso que ainda não tive paciência pra “aprender” nenhum dos personagens recém-introduzidos na série, porque ainda estou me divertindo PRA CACETE ao redescobrir os tradicionais, como Ken e Vega. Se você joga desde o SFII, com certeza vai se sentir em casa nesse jogo. Tudo que funcionava desde o World Warrior funciona no IV. É uma sensação de conforto e nostalgia enormes você pegar um Street Fighter NOVO, mas onde você já sabe exatamente o que fazer pra terminar o jogo.

Você vai se divertir por um tempo jogando da maneira tradicional, mas a grande alegria mesmo é incorporar as novas funções do jogo. No geral, Street Fighter IV é muito mais técnico do que o II, mas sem ficar inacessível como era o III. Foram introduzidos alguns golpes técnicos, que quebram defesas e ataques. Também foi introduzida a barra de especial, dividida em quatro barras menores: você pode utilizar cada barra para aumentar o poder de algum golpe especial, ou pode usar a barra toda de uma vez pra soltar um ultra combo, que normalmente deixa os telespectadores fascinados com a velocidade e PORRADA desempenhados na tela. E finalmente, quando você apanha demais em sequência, sua barra vira uma barra de “Revenge”, que, quando cheia, permite que você execute os golpes mais FUDIDOS DO JOGO TODO. Ou seja: quanto mais você apanha, mais chance você tem de dar um pau no oponente. Lôco né?

Quando eu vi a descrição desse lance do Revenge pela primeira vez, achei que era uma apelação desnecessária; que era como premiar o jogador ruim que só apanha. Mas quando você finalmente está na pele do jogador que está levando um couro, você entende como a barra de Revenge torna o jogo mais equilibrado e emocionante. Nenhuma batalha está definida desde o começo, porque seu oponente sempre tem a possibilidade de virar o jogo com um contra-golpe espetacular. Isso torna cada luta totalmente imprevisível, e faz você ficar com o cu na mão até o final delas.

É curioso como esses pequenos implementos foram capazes de melhorar Street Fighter e, pela primeira vez, em mais de uma década, acho que estou disposto a largar do Super Nintendo pra jogar “o bom e velho Street Fighter II”. Acho que finalmente encontrei um jogo pra substituí-lo. Street Fighter IV é mais violento, mais bonito e, principalmente, mais DIVERTIDO que Street Fighter II. Fico feliz por poder reconhecer isso num jogo, e feliz por poder participar deste momento na história da série. Ponto pra Capcom.

Parabéns, Capcom. Parabéns por ter dado a devida atenção à uma franquia que sempre foi unanimidade entre os gamers. Parabéns por ter respeitado os desejos dos jogadores, nos dando ao mesmo tempo um jogo totalmente novo, mas totalmente familiar. Ninguém acreditava que isso era possível, e a Capcom fez. Ponto pra Capcom, mas quem ganha somos nós. Street Fighter IV é nota 10 com louvor.

Street Fighter IV (X360, PS3)

Plataformas: XBox 360, Playstation 3
Plataforma Avaliada: XBox 360
Lançamento: 2009
Distribuído por: Capcom
Desenvolvido por: Capcom
Gênero: Luta

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