Sobre Cinema 3D e uma rápida (e sem spoilers) resenha de The Amazing Spider Man

Cinema quarta-feira, 04 de julho de 2012

Eu nunca gostei muito de assistir a filmes em 3D. Antes de tomar conta dos cinemas, a “tecnologia tridimensional” prometia revolucionar a maneira como assistimos filmes. E revolucionou mesmo: Até então, TODA vez que terminava uma sessão 3D, eu saia do cinema com uma puta dor nos olhos.

Pois bem, ontem eu fui na estréia de The Amazing Spider Man (O Espetacular Homem-Aranha, no Brasil) com os meus amigos. Falarei sobre o filme mais tarde. Agora o foco é o cinema que fomos, o IMAX. Acredite, a estilização em maiúsculas no título não é a toa, A TELA DO BAGULHO É COLOSSAL! Só pra ter uma ideia:

 Tá vendo aquele quadradinho preto ali no canto inferior esquerdo? Então, ele corresponde a um monitor de 24 polegadas (Que é o caso do meu). Já a parte verde… É a “telinha” do IMAX.

Daí o uso do “até então” ná última frase do primeiro parágrafo. O 3D do IMAX não incomoda a vista. Não entendo completamente como as projeções de efeitos de profundidade funcionam, mas aquela tela consegue, ao preencher todo o seu campo de visão, fazer com que o 3D funcione de um jeito agradável. Isso tudo além de imergir o espectador, pois as poucas cenas em primeira pessoa do Homem-Aranha me deram, por um instante, a incrível sensação de estar “passeando” entre os prédios de Nova Iorque.

Agora vamos falar sobre o filme.

 O melhor poster de divulgação

O Homem-Aranha é um dos meus heróis favoritos dos quadrinhos. Quando eu soube que iam “rebootar” a saga do atirador de teias, confesso que não fiquei super animado com a ideia. O meu interesse só foi aumentando com o tempo, após trailers cada vez mais tentadores e pelo inevitável fato de eu ser um marvelfag assumido. No começo, eu achava que o novo Peter Parker tinha cara de ator de Malhação e tinha na minha cabeça que não seria legal rever uma história que eu, praticamente, já sabia de cor. Hoje eu me arrependo só de ter pensado nisso.

Acontece que Andrew Garfield é o Peter Parker perfeito. Nota-se durante o filme que o rapaz é, acima de tudo, um grande fã do personagem que está interpretando. Dizem até que ele se emocionou, a ponto de chorar, assim que vestiu o uniforme do herói pela primeira vez. Quem sabe, foi toda essa paixão que contribuiu para que nos gostássemos tanto desse novo Peter Parker. Desde o início somos capazes de nos identificar com o protagonista e acompanhar com atenção todos as conquistas e problemas vividos por ele. Quando o personagem está próximo a Gwen Stacy, por exemplo, torcemos para que o romance dê certo.

 Calma, Tobey. Não foi fácil tirar a sua imagem de Peter Parker da cabeça…

O que também conquista o espectador é a relação entre Peter e seus tios. Grande parte do público já sabe o destino de Tio Ben e, mesmo assim, se emociona mais uma vez. Aliás, esse Tio Ben ficou muito mais carismático, o que torna a sua perda ainda mais comovente. Outra cena bastante marcante, foi aquela envolvendo uma criança… Opa! Prometi não dar nenhum spoiler, portanto, não direi mais do que isso.

Além do elenco impecável — incluindo a gracinha da Emma Stone, que antes eu achava overrated, agora é uma das minhas atrizes prediletas —, o ponto forte de The Amazing Spider Man é a diversão. Nós demos boas risadas durante cenas como as em que Peter está descobrindo os seus poderes e, especialmente, na cena em que o todo poderoso Stan Lee faz sua já “obrigatória” e característica aparição. Temos também um Lagarto diferente do que conhecemos, porém, pelo menos para mim, um vilão maior (Bem maior) e mais assustador.

Essa resenha tá ficando maior do que o imaginado. Portanto, bora concluir essa joça logo!

The Amazing Spider Man é ótimo. O reboot veio para substituir de vez a trilogia mediana que foi o Spider Man de Sam Raimi. O filme possui tudo o que um bom blockbuster de verão precisa. É um filme para todas as idades, capaz de agradar tanto novos fãs quanto quem já acompanhava as histórias em quadrinhos desde cedo. O enredo é simples e balanceado, percebe-se alguns clichês e fórmulas (Como contagens regressivas, que por mais manjadas que sejam, ainda fazem o público torcer com anseio pelo êxito do bem), o que é aceitável para um filme de super-herói — nem tão super, pois o diferencial do Aranha sempre foi compartilhar as mesmas inseguranças e problemas que nós, seres humanos comuns, compartilhamos.

Agora o jeito é esperar por uma continuação, porque as pontas já foram soltas durante o filme. E já é quase certa a participação desse Espetacular (Sacou?) Homem-Aranha na sequência d’Os Vingadores!

Quanto a nota: Um 8 bem merecido!

Gustavo Kondo é um participante recorrente do Feijoada que mora no Japão [Por isso consegue ver os filmes antes de vocês, pobres mortais], além de manter um blog nas horas vagas [As vezes parece que ele escreve mais pra gente que pro próprio blog, e nem é contratado]. Se você também quer ter seu texto publicado aqui no Bacon, é só clicar aqui.

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