Nobel não é sinonimo de bom

Analfabetismo Funcional quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Tenho tido um azar para compra de livros ultimamente. Sei lá o porque, me deu na cabeça que eu deveria olhar mais esses livros que são elegidos por um grupo fodão como os melhores. Acabou que eu peguei uma lista de livros de vencedores do Prêmio Nobel, e com meus poucos trocados fui a caça de algum que poderia ser interessante. Acabou que eu já tinha lido alguns da lista, nem sempre todos bons, mas sempre tem um que se salva.

Não vou me adentrar muito nisso, até porque tem gente que escolhe que livro vai comprar pela lista de mais vendidos da Época ou da Veja. Sim, elas se baseiam nos mais vendidos de acordo com uma livraria lá, da qual não dou a minima, mas não é isso realmente que faz um livro ser bom. Li A Cabana a um tempo atrás, achei um lixo, mas se não fosse aquela besteirada toda de Projeto Missy ou algo parecido que o autor cita no final do livro, isso não estaria acontecendo.

Depois, quando o livro chega a trocentas semanas e ganha um prêmio, eu fico me perguntando se isso é sério ou não…

Enfim, catei um livro chamado A Peste, de Albert Camus, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1957. Conseguiu escrever um texto que beira o tédio. Sim, apesar de parecer um relato intenso de como a peste atingiu um lugar lá, que nem me lembro mais qual era, o autor consegue ser pentelho, desagradável, chato e maçante, para dizer o mínimo. Em 1957, esse livro deveria ser um fodão, mas hoje em dia, com todas as pessoas anesteciadas pelo sofrimento e dor, um livro daqueles não tem o efeito que deveria. Se bem que quarentena e isolamento de uma população inteira para impedir o vírus de se espalhar é uma ideía engraçada… Não.

Para contrabalancear, temos um outro autor que, apesar de ter ganho um Prêmio Nobel alguns anos depois, consegue deixar seus livros com uma atmosfera mais leve, divertida. John Steinbeck e seu Ratos e Homens (Já resenhado por aqui a muito, muito tempo atrás) consegue cativar. Seja por sua linguagem leve, sua história interessante ou seus personagens extremamente humanos, o livro consegue prender o leitor até o final.
Deve ser por isso que eu ainda tenho o Ratos e Homens, ali, na minha prateleira todo inteirão ainda.

Já o a peste, deve estar numa sebo qualquer, onde o vendi por 5 pila, trocando por um livro de piadas do Ari Toledo do qual completei pra comprar um livro de John Fante.

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