Bacon Entrevista: Isabela Allmeida

Livros sexta-feira, 09 de setembro de 2016

E a entrevista de hoje é com a Isabela Allmeida, a autora de Tratado dos Párias. Falei com ela sobre seus livros, projetos e muitas outras coisas. Tudo isso você confere abaixo.

Santhyago: Fala um pouco sobre quem é a Isabela quando não está criando as suas histórias. O que faz, onde mora, idade, o que gosta de fazer… Essas coisas.

Isabela Allmeida: Bom, tenho 36 anos, sou nerd assumida (Sim, uso a toalha no dia 25 de maio). Amo séries, filmes, animes e ler. Adoro teorias da conspiração porque acho muito interessante ver o povo procurando pelo em ovo. E gosto de dançar, fui professora de dança de rua por 10 anos.

Uma conhecedora do Guia! \o/

Rsrs. Sim! Vai que somos invadidos né. Haha.

Sempre bom estar preparado. Ser nerd assumida já é uma ótima coisa também. Apesar de que hoje em dia o povo meio que perdeu o medo de ser rotulado dessa maneira. Chegou a viver a época que ser chamada de nerd era uma ofensa?

Cheguei. Mas nunca liguei. Hoje em dia pessoal fala que é nerd porque lê um Martin ou já leu o Harry Potter. Mas esquecem de que além desses tem Nix, Flanagan, Troisi. Não sabem o que é assistir Fringe e ficar tentando pegar as pistas. Hahaha.

Ou ter arrepios durante a abertura de Arquivo X.

E nem sabiam por que estavam do lado do Capitão América no filme Guerra Civil… Nunca brigaram porque Nibiru pode existir sim, ou porque a NASA usa as placas de argila para entender os planetas, ou amanhecer tentando fechar o Resident ou Silent Hill. Enfim… Ainda precisam entender o que é ser nerd.

Considerando a dificuldade de conseguir esse tipo de mídia há 20 anos, até entendo eles…

Bom, a biblioteca, gibis e tal sempre existiram. Mas que bom, quanto mais melhor. Temos que dar graças que os jovens de hoje estão seguindo esse caminho.

Assim tem a garantia de que, daqui uns anos, quem cuide da gente no asilo saiba jogar RPG ou discutir literatura.

Nossa que sonho, vou amar falar da minha feiticeira nível 105 e todos os poderes dela. Rs. E quando ficar idosa quero jogar RPG de mesa com outros velhinhos.

Olha a tendência aí, criar um asilo nerd.

Olhaí que ideia maravilhosa! Por favor, me avise o local, quero estar nesse paraíso. E que eu não esteja caduca senão nem ia poder aproveitar. Hehe.

Que nada, escrever dá uma resistência sobre-humana pra muitos. Afinal, resistir à ideias surgindo o tempo todo não é para todos. Como é seu processo de colocar as suas ideias de histórias para o papel? Faz um planejamento ou algo assim?

Bom, eu faço assim, uso um caderno para duas obras em andamento. De um lado eu escrevo em azul, por exemplo, do outro eu escrevo em vermelho. Mas na teoria é ótimo, só que eu anoto resultados de pesquisas, nomes, nos cantos, por vezes em folhas no meio. O resultado é uma catástrofe, porque no final quando o caderno acaba está uma bagunça. Começo bonitinho, mas a bagunça me acompanha na hora de criar. Mas no fim dá tudo certo. Rs.

Esse caderno então é para referência quando está escrevendo então.

É para tudo: Capítulos, anotações, observações… Até desenhos quando preciso fazer um ritual.

Tudo, em teoria, separado pelas cores da caneta.

Rsrs. De começo sim, Mas no fim, fica tudo bagunçado, não adianta; não consigo ser organizada.

Enquanto planeja está tudo bem, o problema é quando ia bagunça do planejamento passa pra história.

O problema é na hora de digitar.

Muitos problemas nessa hora? Já pensou em abrir o Livro de São Cipriano e ver se tem alguma coisa pra ajudar na escrita?

Hahaha. Esse não. É que nunca começo e concluo em um caderno só, então tenho que ficar caçando as partes.

Quanto tempo demora neste processo de planejamento?

Bom, é incerto, porque nem sempre tenho inspiração para aquela obra que estava trabalhando ontem. Até pego o caderno para continuar, mas aí a ideia vem para outro projeto. O Tratado, por exemplo, demorou dois anos para ser concluído. E tenho uma obra que já estou nela há quase três anos, e a continuação do Tratado fiz mais da metade em uma noite. Não sei dizer tempo, acho que vai muito da inspiração né, não sei. Rs.

Eu chamo isso do tempo de escrita. As vezes não é a hora de escrever a parte que tem que ser escrita. E se dedicando a outras histórias, pouco a pouco chega a hora de continuar a escrever a que tinha parado.

Exatamente. Porque não podemos forçar, né? Se a vontade é de escrever algo novo, então temos que esvaziar a mente escrevendo, para quem sabe conseguir continuar um projeto parado.

Bem dessas. Durante o processo de escrever, se inspira em quais autores? Aliás, qual a influência de tudo o que lê, ouve e assiste na sua escrita?

Durante o processo mesmo não me inspiro em obras, eu pesquiso o assunto e vou anotando ou até mesmo criando capítulos baseado nos estudos. A minha inspiração para começar a escrever foi John Flanagan. Ele é atemporal e maravilhoso! Eu recomendo para quem não leu a saga Ranger: Ordem dos Arqueiros. É perfeito! Mas realmente eu começo a linha e não paro. Saia o que sair, depois leio o vejo o que saiu ai sim eu começo a planejar.

Ótimas sagas. Mas ainda acho o Thomas de Hookton o melhor arqueiro.

Olha que aí está uma dica para mim, esse acho que não li… Até agradeço porque ando a caça de bons livros.

É do Bernard Cornwell, da trilogia da A Busca do Graal.

Estava acompanhando a saga Em Busca de Heróis, mas está meio demorado de terminar. u.u… Vou caçar este depois, obrigada pela dica. :D

Bernard Cornwell tem umas histórias boas. A dele contando sobre Rei Arthur consegue ser melhor que a visão de Avalon de Marion Zimmer Bradley. Se considerar da maneira que Arthur é abordado, claro. Mas sou fã do cara e suspeito pra falar, então veja por conta própria, vale cada página.

Camelot já foi tão usada em obras… Mas amo tudo. Brumas de Avalon andei pesquisando e tudo, fiquei curiosa, mas deixei de lado, ainda pretendo ler.

Vale e não vale a pena. O filme consegue resumir bem sem toda a enrolação da autora.

Ah, mas não gosto de assistir antes de ler. Rs. Gosto de dois filmes: O que criei na mente e que vi nas telas. É meio maluco mas fazer o que né. Não sei você, mas por vezes preciso ler um romance daqueles clichês.

Aqueles estilo Diana?

Isso esses mesmo. Rs. É que sou muito ruim para criar o romance, ou as cenas românticas.

E esses livros te dão ideias, mesmo sendo clichês?

Não ideias, mas é como aprendizado, né? Afinal, por mais que a ideia esteja na mente, passar ela como uma narrativa é complicado. O romantismo do momento que me assusta, sempre tenho receio de tentar passar isso e por fim não sair romântico como deveria, me cobro muito e fico ansiosa.

Ainda mais com um público que anseia por cenas assim, imagino que deva ser difícil mesmo.

Mas não cedo à pressão deles. Lembro-me que no Tratado, todas a vezes que o casal não conseguia ficar junto por algum motivo as meninas cobravam. Aí eu deixei um recado: Que eles confiassem em mim. Mas que eu não iria mudar o que já estava escrito há anos. Está até no meu perfil lá embaixo, um recado que mandei depois de um monte delas dizerem até estar de mal comigo. u.u… Também pudera, o primeiro beijo saiu depois de 60 capítulos. Hahaha.

Falando em narrativa, sua narrativa é bem… Como posso dizer isso? Explícita. A descrição do estupro no inicio de Tratado dos Párias é algo que me surpreendeu. A maneira que usa para narrar suas histórias foi algo difícil de desenvolver?

Então, por incrível que pareça, naquela cena eu não tive dificuldades porque, apesar de ser uma cena forte, não há palavras de baixo calão e é a parte mais importante da obra. É naquela cena que ela vê pela fresta que nos dá pistas de como será a obra, em quem confiar no futuro, o motivo de aquilo acontecer é porque é política. O Tratado todo é política apesar de ser sobre vampiros e lobisomens.

Um House of Cards com seres místicos.

Rsrs. Exato. Quando eu escrevi a obra eu foquei na parte política, no machismo dos homens, em como seria um mundo onde eles teriam liberdade de ação, onde houvesse leis que os amparasse e somente a eles incluindo a religião. Por isso que aquela cena não foi difícil escrever. O romance acontece aos poucos e também é para se aprender que nada é fácil, não se ama de um momento para outro. Não se descobre o amor assim e muito menos se entrega a ele quando se é traumatizado com os homens desse mundo do Tratado.

Algo que parece que alguns autores não conseguem entender, quando se observa o tanto de histórias Hots no Wattpad.

Aí concordo plenamente. É horrível saber que só se usa a imaginação para criar CEOS e secretárias inocentes que se usa de apelação para se conseguir leitores, e agora essa apologia ao poderio masculino. Nada contra escrever sobre isso, mas não só sobre isso, né? 50 Tons já deu já, que sequem outras fontes.

Engraçado que até Nora Roberts escreve histórias assim sem banalizar, apesar de muitos acharem que ela é uma escritora de clichês.

Mas o clichês funcionam e Nora já escrevia antes de qualquer um. O problema é o pessoal que está começando agora e só fica nisso.

Já pensou em escrever uma história do vizinho do amigo?

Rsrs. Não. Tem muito disso também, nem leio, me sinto satisfeita com os títulos. É como trabalhar em uma padaria, de tanto ver aqueles docinhos na vitrine, até o cheiro enjoa depois de um tempo. E olha que não estou sendo preconceituosa, nem adianta o pessoal falar “a lá está falando mal” não, só acho que tudo que é demais enjoa! O Wattpad é prova disso, nem olho na seção romance mais, porque nunca sei se vou encontrar um romance de tirar o fôlego sem ser um vizinho, irmão do meu amigo, um milionário. Uma pena porque os romancistas tem a maior gama de oportunidades para criar, é só olhar para algo além de 50 Tons.

Isso é. E é difícil competir nesta categoria por causa disso. Nunca entrei no ranking porque, no fim das contas, era contra essas histórias que eu tinha que competir. Por sorte, não era isso que me motivava, e acabei terminando de escrever sem nenhum problema. Já vi pessoas que desistiram de escrever porque não tinham views suficientes, como desejavam.

Ah, não! Isso não pode! Olha para você ver, o Tratado está em primeiro em vampiros, mas Sanoar e as Crônicas nem entram quase no ranking e quando entram é de 50 para baixo. Aheuahue. Isso não me desanima, eu vejo assim: Tenho uma obra que o pessoal gostou mais, talvez pelo tema, mas as outras me são caras, não importa se tem poucos leitores, alguém leu e isso já me deixa mais que feliz.

Isso é. Ver que alguém sempre vota e comenta é uma das satisfações que o Wattpad dá. Mesmo que seja um leitor, é ótimo ver que alguém espera o que está publicando.

Isso, por vezes escrevemos e esperamos desesperados uma opinião né, para saber se a ideia é boa, temos que ver o Wattpad como um laboratório também. Ali está a oportunidade para sabermos se estamos indo bem e o que precisamos melhorar, não a quantidade de views, já começar pensando nisso gera uma expectativa alta e acabamos perdendo o amor na escrita.

Como conheceu o Wattpad?

Conheci em um blog que falava sobre autores que ficaram conhecidos através de suas obras no Wattpad, aí pesquisei o aplicativo e acabei criando coragem para mostrar meu trabalho também.

Já tinha quantas histórias escritas nessa época que conheceu o aplicativo?

Uau, muitas mesmo. Algumas só no caderno, outras com as regras ortográficas antigas ainda… Outras prontas, mas que ainda não sei se vou manter a trama e algumas ainda em trabalho de criação. É porque é assim, por vezes eu encontro problemas. O caminho que escolhi para escrever é vasto, fantasia é maravilhoso, né? Mas não é por isso que devemos só criar mundos e guerreiros. Enfim tenho muitas.

Fala um pouco sobre as suas histórias publicadas no Wattpad.

As Crônicas Helenísticas de Niedra é a minha obra mais singela, infanto-juvenil mesmo. Conta a história de Lúcia, uma elfa que tem que libertar seus amigos da escravidão. Eles estão aprisionados em corpos de animais e só ficarão libertos quando ela cumprir sua missão. Pode ser um ritual, um contrafeitiço ou mesmo entender a magia que foi usada para aprisionar a raça e a quebrar. Então a cada livro vamos descobrindo qual a verdadeira raça de um de seus companheiros de viagem. E é aquela fantasia antiga né, muitas criaturas, aventuras e uma mensagem para os jovens…

O Reino de Sanoar (Livro 1 e 2) tem a narrativa mais pesada um pouco por conta do vilão na trama. No caso de Sanoar são crianças resgatas de colônias subterrâneas que tem uma chance: Podem escolher uma profissão e ganhar sua patente no futuro. E o foco nisso tudo é a patente de guerreiro alado onde poderão montar seus dragões e lutar por seu reino.

Eu costumo criar mundos e quase tudo que escrevo é medieval ou narrado em estilo de época. Acho que é isso. u.u. Todos eles tem romance. E como sou a estraga prazeres nunca facilito neste quesito. Acho importante a construção do sentimento seja o livro que for. Odeio ver o casal se conhecendo no primeiro capitulo, jurando amo eterno logo no segundo capítulo e depois demorando horrores de capítulos para saber que irão se casar no fim –‘… E amo detalhes. u.u. Acho importante.

É o que dá aquele toque que diferencia os autores. O melhor de tudo é ter leitores que os entendem.

Exatamente, quando eu vejo um comentário nas Crônicas sobre os guardiões de Lúcia eu fico muito feliz, porque eles já estão cientes que o foco no livro é realmente a aventura e a mensagem, e quando vejo comentários sobre a personalidade forte de Lisse ou sobre a sofrimento dela enquanto criança no livro um eu fico empolgada, são poucos leitores nesses livros mas são muito importantes para mim. Ah sim, a Lisse é de Sanoar, esqueci-me de dizer aí em cima.

E o seu Crônicas Helenísticas?

Então, Crônicas foi o que eu disse acima. É medieval também, mas totalmente clichê. Elfos, oráculos e muita magia, centauros, fadas, faunos e por ai vai. É um livro que gosto e desgosto porque é escrito na terceira pessoa, então os diálogos, por vezes, se tornam cansativos de criar. Até hoje planejo reescrever a obra inteira, é um plano que pretendo por em prática um dia. Rs. E olha que tenho mais dois livros prontos dessa saga, vai ser um trabalho hercúleo reescrever… Mas está ai uma obra que amo e odeio ao mesmo tempo, mas é o meu bebê, meu primogênito. Estava engavetada há mais de oito anos, dá até para comparar a diferença entre uma e outra: Nessa obra eu estava completamente crua, já no Tratado tenho a escrita mais madura, ainda assim ela tem o seu valor, pelo menos para mim. Rs.

Entendi… Mas é bom ver que ainda o mantém, assim sua evolução na escrita fica mais aparente.

Fica e muito, quando eu leio para revisar, eu penso as vezes, minha nossa, olha essa parte aqui! Vou arrumar… Ele estava na Amazon à venda, eu até retirei. Não me senti à vontade, ainda não esta pronto a meu ver, mesmo sendo o primeiro não está bom para deixar a venda.

Faz sentido. Como é fazer divulgação pra ti? Tem dificuldades com isso?

Muita! Tenho vergonha de dizer que está a venda na Amazon o Tratado, ou então colocar na página do Tratado aqui no Face que publiquei um capítulo. Não consigo saber o que dizer para chamar leitores.

Tenho o mesmo problema, não sei se estou incomodando quando faço isso, então faço menos do que deveria.

Ai… Verdade, essa sensação de incomodar acho que é o mais sentimos na hora de convidar alguém a ler. Sou insegura nessa parte então evito, apesar de já ter feito, mas sinceramente evito.

Já chegou a se envolver com alguma treta do Wattpad? Quando se vê os grupos do assunto, só se vê reclamações de todos os estilos.

Olha, nunca me envolvi em brigas, mas já me chateei com uma escritora que escrevia sobre vampiros. Ela veio e leu um capítulo apenas, mas botou defeito em tudo! Eu expliquei os pontos que ela apontou e ela insistiu. Aí então eu a chamei no privado e mostrei as pesquisas que tinha feito e pedi a ela que não iniciasse uma discussão sem sentido nos comentários que era mais feio para ela do que para mim. Por fim, ela entendeu e então fui dar uma olhada no perfil da menina, ela tinha apenas 13 anos! O que não gostei é ela já vir ler o livro procurando os defeitos e descartando a trama, só caçando motivo para depreciar meu trabalho, muito chato isso.

Que garota mais arrogante! Mas é assim mesmo, quanto mais novo, mais se acha dono da verdade.

Ah sim, sinceramente perdi o respeito pela escritora, acho que vir em seu livro com a intenção de criticar é muito chato.

E são essas pessoas que acabam sendo agressivas quando recebem críticas. Já encontrei algumas pessoas assim.

Verdade.

Mas tirando esses tipos de leitores, o retorno dos outros têm sido bom?

Olha, não acredito até agora, pois foi um retorno maravilhoso. Eles começam a leitura mornos… Aí tudo muda depois do bônus do Nicolae. Rsrs. É desse capítulo em diante que começa mesmo a esquentar os comentários e o envolvimento dos leitores.

Onde começa as revoltas deles com seu enredo. Por isso as reclamações que citou antes?

Então, a revolta é porque a Diana tem a gana por justiça, tem sua luta e acaba que o casal não fica junto quando eles querem. Aí eles ficam chateados… E eu não sou muito boazinha com os meus personagens. Então há muito sofrimento e situações que os bota em perigo ou humilhação, aí o pessoal fica sentido por eu machucar os personagens que gostam. u.u.

O leitor e o personagem sofrem juntos.

Bom eu sofri mais porque ficava frustrada, eu queria que eles tivessem paciência, e esperassem as coisas acontecer, mas no fim ficaram contentes com o desfecho e depois de todos os mistérios revelados finalmente entenderam que tudo foi necessário, pelo menos nos comentários né, acho que alguns me odeiam ainda. Hahaha.

Relação de amor e ódio com o leitor é normal. Nem sempre tudo é como eles querem.

Verdade, mas querendo ou não é uma coisa boa né, conseguir envolver o leitor na trama é maravilhoso, de primeiro momento eu ficava frustrada mas depois eu relia os comentários e via aquela reação como algo bom, afinal quando você vê a torcida deles para o casal ou a revolta com as ações dos vilões, qualquer reação demonstrada com um capítulo postado é válida, porque quer dizer que o leitor se envolveu com o momento e é maravilhoso conseguir isso.

Isso é, cativar um leitor com um personagem que criou não tem preço. É a sensação de dever cumprido que vale à pena.

Muito mesmo, é uma recompensa maravilhosa.

E Isabela, chegamos ao fim da entrevista… Gostaria de deixar uma mensagem para seus leitores que vão ler essa entrevista? Algum conselho para incentivar autores novos que acabam perdendo a motivação de escrever?

Isabela Allmeida: Sim, com muito gosto! Aos meus leitores de Sanoar e das Crônicas, quero agradecer a paciência de vocês, por entenderem o que estou passando na vida particular sobre a saúde de meu pai e entenderem que está difícil para eu cumprir com as datas de postagens. Vocês são maravilhosos e tem um coração que não cabe no peito por me darem apoio, prometo que quando tudo passar e eu voltar para casa, seguirei a risca meu compromisso com vocês e terminaremos esses dois livros juntos. Às parianas, rs, um beijo enorme para vocês, foram nove meses de Tratado né, a continuação está saindo hein, como já deixei trechos na página vocês sabem que estou trabalhando nisso, e rezo para que gostem tanto do segundo livro como gostaram do primeiro. Obrigada viu, foram vocês que me acompanharam no Wattpad que me deram mais segurança como autora. Um enorme presente obrigada de coração.

Um recado os novos autores: Pessoal, escrevam por amor, escrevam pensando somente na obra primeiro, não importa se demore, não pensem em views na fase de criação, isso poderá gerar uma expectativa grande em vocês e então ficarão ansiosos podendo afetar no trabalho de vocês. E se a ideia vir, invistam, trabalhem, escrevam e criem. A coisa mais linda é ver que cada vez mais autores surgem, mais ideias aparecem. Sucesso para vocês e que seu livro ganhe o mundo. Mas para isso que ele ganhe primeiro sua atenção dedicação. Beijos e boa sorte!

Carlos, eu quero te agradecer viu, gostei muito. Obrigada pela paciência!

Santhyago: Ótima mensagem. Algo que todos precisam pensar antes de tudo. Eu que agradeço pelo seu tempo para me responder. ^^.

E esta foi a entrevista com a Isabela Allmeida. Não deixem de conferir o perfil dela bem aqui, onde podem conferir essas e outras histórias mais que ela venha a escrever, só a seguir.

Eu não sei vocês, mas já enchi o saco desse parágrafo final falando sobre a série. Se quer ver o resto, tá ae, se não, que se exploda.

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