Trilogia Vampírica

HQs sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Há algum tempo atrás escrevi uma série de artigos sobre realidades paralelas (01, 02, 03, 04, 05, 06). E mais uma vez venho abordar o tema, desta vez com um foco mais definido: O Batman. Acho que o morcegão é o personagem com maior número de histórias em realidade paralelas que existe.

Mesmo porque, o Batman e um dos personagens mais fodas dos quadrinhos, principalmente pelo fato dele não possuir nenhum tipo de super-poder. O clima detetivesco também colabora muito para as histórias de Wayne & Cia.

E apesar de ser um fã declarado do Batman, são as histórias do morcegão em realidades paralelas, ou como chama a DC Comics: Elseworlds, que eu curto mais. Talvez pelo fato das histórias não requererem tanto conhecimento cronológico e, principalmente, por elas serem formadas por mini-séries em edições fechadas.

Além disso, ver os personagens em novos ares e situações torna a maioria das histórias bem divertidas. Dentre as histórias alternativas do Batman, a que eu mais gosto é a Triologia Vampírica: Chuva Rubra, Tempestade de Sangue e Bruma Escarlate.

Na obra, escrita por Doug Moench e desenhada por Kelley Jones e arte-final de Malcom Jones III, Les Dorscheid e John Beaty, temos o encontro inusitado entre Batman e Drácula. A primeira parte da trilogia, Chuva Rubra, foi uma mini publicada em 3 partes em 1991.

Logo de início, temos uma série de assassinatos de indigentes e prostitutas de Gotham que são encontrados com as gargantas cortadas, enquanto Wayne tem estranhos sonhos com vampiros. Enquanto investiga esses brutais assassinatos, Batman se depara com vampiros e tenta combatê-los como bandidos comuns, mas somente após se aliar a vampira renegada Tânia é que ele consegue bons resultados contra a horda sombria que ataca Gotham.

Durante as batalhas contra os chupa-sangues, Tânia acaba sendo morta e o Batman ganha de presentes de sua finada aliada “alguns poderes” que acabam sendo úteis no combate contra os vampiros e principalmente contra o príncipe das trevas: Drácula.

A mini se encerra com o Batman vencendo Drácula. Porém a batalha tem um custo: Bruce Wayne também acaba morrendo, e ao fim descobrimos que o Batman agora é um verdadeiro vampiro e sua lenda pode prosseguir pela eternidade.

Somente três anos depois, em 1994, que a equipe criativa se reuniu para criar a segunda parte da Trilogia: Tempestade de Sangue. Nessa etapa temos a aparição de personagens mais conhecidos do universo do morcego como Coringa e Mulher-Gato.

Aqui é importante ressaltar o quão assustadora é a loucura e a barbárie do Coringa, pois ele como um “simples” humano consegue aterrorizar sanguinários vampiros e, inclusive, comandá-los.

Além de enfrentar o vilão e os vampiros, Batman também luta internamente para não ceder a sua sede de sangue, já que o plasma artificial criado por Tânia não está mais surtindo efeito em alimentar sua fome.

Na história também temos Selina Kyle, que após ser atacada e parcialmente mordida, se transforma na Mulher-Gato sempre que surge a Lua Cheia. Aliada ao Batman, ela combate os vampiros. Porém, na batalha contra o Coringa, o palhaço do crime mata Selina, e Batman o aniquila provando pela primeira vez o sangue humano, perdendo de vez sua humanidade. O herói então pede para que Alfred e Gordon o matem, o que eles fazem com muito pesar.

Seria um final perfeito para uma história inimaginável, mas uma ultima parte foi acrescentada a saga: Bruma Escarlate, publicada em 1998. Na história temos a criminalidade em Gotham atingindo níveis assustadores e como forma de combater esse mal, Gordon e Alfred ressuscitam Batman.

O herói, porém, não fica contente com seu renascimento, pois sua sede por sangue é incontrolável. Para não matar inocentes, o Batman passa a se alimentar dos criminosos que assolam as ruas de Gotham e o Asilo Arkhan.

Como a fúria de Batman foge do controle, Alfred e Gordon acabam se aliando ao Duas-Caras e ao Crocodilo para deterem o morcegão. Quando Batman parecia derrotado, Duas-Caras e Crocodilo se voltam contra seus aliados e tentam matá-los, Alfred porém se sacrifica para que Batman salve Gordon e detenha os criminosos.

Depois de deter os vilões, Batman concorda em ser exterminado segundo o plano de Gordon, mas o policial acaba acidentalmente morto, antes que Batman se suicidasse, com isso o vampiro Batman continua assolando as ruas de Gotham. O mundo de Chuva Rubra acabou se tornando uma das novas terras do novo multiverso – a terra 43 – ao final de 52.

De um modo geral a trilogia é ótima, mas as duas primeiras partes foram, ao menos para mim, as melhores, a última foi meio que “descartável”, mas no final acabou sendo um bom gancho, pois agora que pertence ao novo multiverso essa terra pode ser revisitada mais vezes.

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