Por que Duke Nuken Forever foi uma decepção?

Games quarta-feira, 04 de abril de 2012

Foram quinze anos de espera. E foda-se se houveram jogos entre o Duke Nukem 3D e o Duke Nukem Forever, foi tudo uma grande mentira, mesmo porque o Forever é a continuação direta, e o resto é spin-off. Levou quinze longos anos. E pra que? O último Duke Nukem de verdade foi o 3D. E eu estou incluindo o Forever na comparação.

Pra começar, vamos falar da jogabilidade. Não, melhor. Vamos falar da sensação constante de lag ao jogar a parada. Talvez meu pc não seja dos mais recomendados pra função, mas caralho, porque diabos funciona bem em determinados trechos e em outros vai só no soquinho? Isso é merda na programação, tendo em vista que as texturas e número de objetos em cena era semelhante. Coisa que não acontece com o Duke Nukem 3D [Dã].

Certo, agora, às armas. No Duke Nukem Forever, sabe quantas armas você pode carregar por vez? Chuta. Não, não são nove, não são cinco, não são três. Tudo o que você pode levar são DUAS armas, e nada mais. Tirando explosivos e tralalá. Se fossem duas armas, incluindo granadas e o escambau, podiam distribuir o jogo DE GRAÇA que não ia fazer sucesso. Mas a questão não é essa. Porra, Duke é um cara fodão, que salvou a humanidade quando os aliens dominaram e transformaram os puliça em porcos [Literalmente], e ele carregava um verdadeiro arsenal na cueca [Sim, porque onde mais ele poderia enfiar aquele tanto de armas?]. Era metralhadora, shotgun, lança-foguetes, pistola, o Devastator, raio encolhedor, raio congelante, e o clássico Mighty Foot, também conhecido como pé na porta e soco na cara. Ai você vem e me entrega um jogo em que eu tenho de escolher entre carregar a escopeta e o RPG ou a metranca e o Devastator. Vai se fuder. Eu não tou jogando Halo. Sem contar as armas aliens, que são uma bosta. Alá, influência negativa do Halo de novo. Se bem que isso explica porque os ETs são tão fáceis de derrotar, mesmo com umas carapaças medonhas. A melhor defesa é enfiar azeitona quente nos cornos do inimigo antes que ele o faça em você. Mas essas coisinhas tiram toda a aura de fodacidade do Duke. Tá vendo? Nos pequenos detalhes, foderam com a lenda.

 Uma reputação é difícil de construir, mas fácil de implodir. Mesmo com gêmeas bissexuais gostosas.

Aliás, falando nos extraterrestres, que merda é essa? Os pigcops não são mais humanóides com cabeça de javali e espingarda afiada [Mesmo porque, espingarda afiada literalmente não faz o menor sentido] que eram antes. Agora são só bestas [Em todos os sentidos, menos o daquela arma medieval] que, DE VEZ EM QUANDO, carregam shotguns. Sem falar daqueles lagartos do demônio, que na verdade não são lagartos, nem do demônio. E ambos tem uma mira ridícula. E quando eu digo ridícula, é comparada à mira dos minions padrão de filmes de ação, que não acertam nem um quinto dos tiros [Mas hey, a maioria das pessoas normais também não acerta um quinto dos tiros. Ou sou só eu que uso a crássica shotgun e foda-se a mira?], e quando acerta, é no ombro do protagonista. Já no Duke Nukem Forever não, eles não acertam nem 10% dos tiros. Ou então eu tou muito acostumado com jogo de tiro/sou um mago que desvia balas feito o Neo em Matrix.

E não importa se você está sentando o dedo nos inimigos, ou tomando no cu, os tiros não são lá grande coisa. Não há impacto físico, que é o que deveria fazer eles sairem voando, se deslocarem, perder o equilíbrio, qualquer coisa. Mas não, o desgraçado toma um tiro e finge que nem foi com ele. A vantagem é que, com você é a mesma coisa: Tirando a tela vermelha, cê pode continuar sentando o dedo no gatilho que a mira não foi minimamente alterada. Quer dificuldade? Vai andar no Rio de Janeiro sem tomar bala perdida. E o Duke, que não tem medidor de vida, tem é um medidor de ego. DE EGO! Porra, tudo bem que ele é um cuzão metido a besta, mas dai a querer dizer que ele se protege com o ego dele é querer demais. O mais legal é que você morre não pela quantidade de ferimentos no seu corpo, mas pelo quanto seu ego foi afetado. JENIAL!

 Mas também, com tanto baba-ovo rodando por ae…

Não bastando tudo isso, também existe o fato do jogo ser mal feito. E eu sei que várias mudanças durante os alegados 12 anos de produção também afetaram nisso, mas caralho. Bug pra todo lado, e ainda assim, várias firulas como minigame. Não era mais negócio gastar o tempo usado pra criar e desenvolver os joguinhos divertidinhos em beta-test e corrigir a porra dos bugs?

Sem contar com a viadagem de objetos pra tacar nos inimigos, sendo que você tem [Em tese] armas de fogo disponíveis. Sério mesmo, Duke? Cê devia ir num psiquiatra, porque cê é um ególatra. Tá, todo mundo sabe que você é um bombado [No sentido de que toma bomba], puxador de ferro e mora em Ipanema, mas arremessar tijolos e outros bichos em javalis mutantes gigantes e lagartos cheios de carapaça e armaduras não são exatamente o que eu chamaria de efetivo. Ainda mais quando o projétil em si é um tolete de merda. Sem contar que enfiar a mão num vaso sanitário fode com o seu ego.

Sério.

Voltando a falar de programação dispensável, temos os veículos. A dirigibilidade [Tanto o bigfoot quanto o carrinho de controle remoto] é precária, o que é compreensível, já que o foco do jogo não é dirigir [Nem Half Life conseguiu inserir carros em jogo de tiro com 100% de sucesso]. Mas caralho, se você vê que uma parte do que você tá fazendo não tá ficando boa, você ranca fora, pra evitar maiores transtornos. Assim o câncer não se espalha. E câncer é a melhor definição pra essas partes. O uso do bigfoot é sofrível, já que cê esbarra em barreiras invisíveis fácil, já o carrinho é mais divertido. Talvez por remeter à infância. Época que a gente jogava Duke Nukem 3D. Boa tentativa, 3D Realms.

 Todo mundo foi enganado por essas imagens. É tipo álbum do Facebook.

E eu não quero nem falar sobre a fase aquática…

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