O outro fim de semana mágico do Demolidor

Televisão quarta-feira, 27 de abril de 2016

Meus amigos, que temporada, que produção, que Marvel, que Netflix, que AMOR. Digo, e não me arrependo de dizer, que achei Jessica Jones muito melhor do que a primeira temporada de Demolidor. Aliás, pau no meu cu por não ter escrito sobre Jessica Jones. Mas aí chegou a segunda temporada de Demolidor e me mostrou que Jessica Jones de cu é rola. E muito disso deve-se não ao Homem Sem Medo, que foi quase um coadjuvante nessa temporada, mas ao magnífico Justiceiro de Jon Bernthal e o monstruoso crescimento de Foggy Nelson e Karen Page, melhor jornalista sem diploma. CHUPA, CLARIM!

O Demolidor nunca foi dos meus heróis favoritos. Inclusive tem heróis da DC Comics, Image e Dark Horse que gosto mais, mas ainda assim sempre tive respeito por ele. Conheci o Demolidor em uma edição da extinta e saudosa Superaventuras Marvel da Editora Abril, e ele estava com os braços amarrados e pendurado em um gancho de açougue, servindo de saco de pancadas pra três brutamontes e ainda assim continuava tirando uma com a cara dos malandros. Minhas costelas doem só de lembrar das imagens. E além dessa história, que nunca li a continuação, eu só li A Queda de Murdock e Diabo da Guarda, esta mais por Kevin Smith do que pelo herói. Então sim, vocês podem me chamar de poser se quiserem.

A verdade é que TV e quadrinhos são mídias completamente diferentes (YOU DON’T SAY), então não há um problema em gostar de algum herói em uma mídia e não em outra. É o caso do Capitão América, que é legal no cinema, mas não na HQ. Ou do Thor, que é legal na HQ mas não no cinema. Despertar interesse por um personagem por tê-lo conhecido em outra mídia não é poserismo, poserismo é você dizer que gosta de algo que não gosta de verdade. Entenderam, amiguinhos? Então OK, bola pra frente.

Não sei como cheguei até aqui sem citar a Elektra, mas é que, entre todos os grandes destaques da segunda temporada, acabei achando a assassina meio escanteada ali, servindo na verdade pra dar mais destaque aos personagens secundários, principalmente Foggy e Karen, já que se Elektra Natchios não estivesse presente e atrasando a vida de Matt Murdock, nunca veríamos Foggy Nelson brilhando nos tribunais. Mas OK, temos um pingo de misticismo introduzido nesse universo da Marvel graças a ela. Aliás, mais alguém achou muita coincidência um dos sequestrados pelo Tentáculo chamar-se Daniel às vésperas da estreia da série do Punho de Ferro (Daniel Rand)? Apesar de tudo e todos dizerem que não tem nada a ver, continuo achando muita coincidência.

Mas chega de segunda temporada, vamos especular sobre o que vem por aí. Charlie Cox, que você tem mais do que obrigação de saber que é o sujeito que interpreta o Demolidor, disse que não sabe se ou quando acontecerá uma terceira temporada de Demolidor e que no momento todos estão focados nas gravações d’Os Defensores, que tem início no final desse ano. Eu, apesar de achar que não deveria ter existido uma segunda temporada de Demolidor antes da primeira temporada de Defensores, seguindo mais ou menos o que houve nos cinemas, acho que uma terceira temporada do Homem Sem Medo deve acontecer logo depois d’Os Defensores e tudo indica que será baseada n’A Queda de Murdock, o que será uma lindeza de se ver. Aliás, por falar em Queda de Murdock, palmas pro Rei do Crime sendo mega Rei do Crime nessa segunda temporada.

Acabou que a segunda temporada de Demolidor foi, até agora, a obra prima do projeto live action da Marvel. Ótimos atores, personagens, tramas e uma breve dança com a, não tão futura, Guerra Civil que está por chegar. O nível das séries Marvel/Netflix é tão superior que por vezes você esquece que elas fazem parte do mesmo universo dos filmes e das séries televisivas e isso é absurdamente incrível. E se o resto da Marvel está boiando na lagoa da zona de conforto com seus filmes, é bom saber que temos essas séries pra continuar nos surpreendendo. A pergunta é: Até quando?

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