O Exorcista e o meu cagaço do Demônio

Televisão sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Eu sempre gostei de coisas de terror. Não só de terror, mas que abordem o sobrenatural em geral. Mas se tem uma coisa que eu tento manter distância é quando dizem que a história, por mais que seja mentira, é baseada em fatos reais. Até hoje eu acho que 3:00 é a hora do demônio por causa do Exorcismo de Emily Rose e como bom amante da insônia que sou, tô sempre acordado por essas horas, o que é sempre um sofrimento. E como a produção de O Exorcista é cercada de casos inexplicáveis e lendas urbanas, eu sempre tive um puta dum cagaço do filme, tendo assistido só uma vez quando era criança e não tinha conhecimento das “histórias reais” da gravação. Mas aí estreou essa porra de série do Exorcista, que é foda pra caralho e me obrigou a ignorar esse cagaço e assistir a porra toda. Não sei se to feliz ou não. Afinal, em algum momento a bad vai me pegar.

Tem spoiler da série pra xuxu, então não dá mole pra Pazuzu. A série tem que ver, antes desse texto ler. Ass: Etrigan.

Pros desavisados que assim como eu achavam que a série era um reboot do filme original, toma aqui um spoiler na tua cara e saiba que é uma continuação. Sim, Geena Davis é Regan McNeil e o capeta ainda tá no pé dela e da família dela. “Ain, mas são dez episódios só pra mostrar um exorcismo?” Sim e não. A princípio a história gira em torno do exorcismo de Casey, filha mais nova de Regan que tá tomada no mesmo cramunhão que tomou a Regan quando adolescente. Nisso entram Padre Marcus, que é macaco velho cheio de rebeldia e foi excomungado pela igreja e Padre Tomás, que é menino moço e anda cheio das paixonites.

Os dois se unem pra tirar o mochila de criança de Casey e rende lá uns bons cinco ou seis episódios, até que a irmã mais velha de Casey, que o que tem de bonita tem de idiota, liga pra polícia e fode a porra toda. E se uma menina possuída solta por aí já não fosse ruim o suficiente, ainda tem uma seita adoradora de anjos caídos que tem membros infiltrados na polícia, política, igreja católica e outros cargos importantes, que quer assassinar o Papa e tocar um puta puteiro do caralho.

Apesar da série ser lenta, o que não é uma coisa ruim, pelo menos não nesse caso, e se focar no suspense, temos boas cenas de terror, horror e até mesmo ação, já que Padre Marcus e Irmão Bennet não dão mole pra capanga de capeta. Mas esse desenrolar lento da série serve pra apresentar e evoluir os personagens. Aliás, se tem algo que a série acertou em cheio foi nos personagens.

Todos os personagens da série são bons, todos eles tem algo a acrescentar à história, todos eles são bem desenvolvidos. Do casal secundário Cherry e Lester até o protagonismo de Angela Rance/Regan Macneil, todos são interessantíssimos. Com destaque pra Maria Walters e Madre Bernadette. Sem esquecer, é claro, Pazuzu, que com certeza tá no top 10 melhores diabos.

Mas o que importa mesmo aqui, é que finalmente conseguiram provar que O Exorcista pode sim ter uma sequência tão boa ou superior ao material original, expandindo um universo tão mal aproveitado anteriormente. Essa série foi um tapa na cara de todas as sequências falidas que vários estúdios tentaram emplacar no decorrer dos anos e fracassaram miseravelmente. É um gigantesco e suculento CHUPA, HOLLYWOOD!

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