A segunda temporada de Legends of Tomorrow e o futuro

Televisão sexta-feira, 14 de abril de 2017

Uma das melhores estreias da CW em 2016, Legends of Tomorrow agradava justamente por distanciar-se das tramas teens de suas irmãs Arrow, Flash e Supergirl. Não que nessa segunda temporada a série tenha ficado mais teen, mas ela ficou completamente perdida, atirou pra todos os lados e acertou poucas vezes. Mas o que interessa aqui é o que está por vir. Ou seja, lá vou eu criar expectativas numa coisa que eu já devia ter abandonado, de novo.

Após entender que o romance entre o casal Gavião não tava funcionando, Legends of Tomorrow os despachou no final da primeira temporada e introduziu novos personagens pra essa temporada. Vixen, membro da Sociedade da Justiça e Cidadão Gládio, neto de outro membro da Sociedade da Justiça, são os novos membros da equipe. Confesso que nenhum dos dois me agradaram muito, mas se comparado com a Mulher Gavião e o Gavião Negro, eles são os melhores personagens de todos os tempos.

E apesar da megalomania casual da série de colocar seus personagens inspirando grandes figuras reais, como Einstein, George Lucas e até mesmo Tolkien, fazer muita gente torcer o nariz pra série, o grande problema dessa temporada mesmo foi a “Legião” do Mal. Uma legião formada por quatro sujeitos que já foram vilões fortes o suficiente pra segurar temporadas inteiras de Arrow e Flash, como Flash Reverso e Malcolm Merlin, foram reduzidos a quatro patetas desesperados atrás de um mito que envolvia a lança do destino, o sangue de Jesus Cristo e a reconstrução da realidade como a conhecemos.

O que talvez tenha salvado a série foi a última cena da season finale. Após quebrarem a principal regra da viagem do tempo, interagir com você mesmo, o Cavaleiro do Tempo é atingido por uma tempestade temporal e cai em uma Los Angeles em 2017 completamente alterada pelo tempo, com direito a um Big Ben e Tiranossauros Rex e várias outras coisas que não deveriam estar ali.

Pois é, as Lendas do Amanhã foderam o espaço-tempo e isso abre infinitas tramas a serem exploradas na próxima temporada, a não ser que mudem completamente de ideia de novo e façam merda, afinal, até hoje eu não entendi como o Homem Hora encontrou o grupo em 2016 no final da temporada passada se ele morre ao conhecer a equipe na década de 40, mas ok. É preciso mudar a equipe de roteiristas de Legends of Tomorrow urgentemente, ou não terá paradoxo temporal que salve a série, infelizmente.

É válido deixar bem claro que Legends of Tomorrow nunca foi um exemplo de qualidade, mas ela se esforçava em adaptar bem todos aqueles absurdos que só vemos nos quadrinhos, e era justamente isso que fazia a série divertida. Nessa segunda temporada a série tentou levar-se a sério e tornou-se chata, mal escrita, descuidada e cansativa. E com exceção do Mr. Rory, todos os personagens tornaram-se completamente irrelevantes, eu não me importo nem um pouco com eles e confesso que torci pra uma galera rodar e a equipe ser reformulada na próxima temporada, mas infelizmente isso não aconteceu. A terceira temporada de Legends of Tomorrow tem potencial pra resgatar a diversão da primeira temporada da série, mas Arrow também tinha potencial pra ser uma boa série e olha no que deu, né?

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